
Os movimentos periféricos de mulheres no Brasil são menos institucionalizados e têm a violência como uma de suas agendas de atuação mais importantes. As informações vêm do Mapeamento dos Movimentos Sociais das Periferias, realizado pela Fundação Perseu Abramo.
Dos 474 movimentos e coletivos identificados até o momento, 70 são formados exclusivamente por mulheres, representando 14,7% do total. A maioria deles não é institucionalizado, sendo que 42% se definem como coletivos, diante de 29% nesse formato quando olhamos para o total dos movimentos mapeados. O espaço físico acompanha essa tendência: 35% dos movimentos de mulheres têm espaço próprio, em relação a 48% quando considerados os masculinos e mistos.
O olhar para os movimentos de mulheres também mostra um destaque para a atuação na área de violência. A pesquisa considerou três campos: cultura, violência e trabalho. Nos grupos femininos, 55% têm essa como área principal, diante de 25% no total dos grupos. Tata-se não apenas da violência doméstica, mas também de outros aspectos, como encarceramento, letalidade policial e política de drogas. Como aponta o boletim, “as mulheres das periferias estão nas trincheiras da luta pelo direito à vida de todas as pessoas”.
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